Luan Santana é citado como um dos maiores cantores de sertanejo universitário. As letras de suas músicas são as mais acessadas na internet. Foi este sucesso meteórico do cantor que lhe atribuiu o título de ‘fenômeno do ritmo sertanejo’. No entanto, para este ano, Luan aposta em uma roupagem diferente. Com um visual mais retrô, ele divulga o novo DVD ‘Luan Santana Acústico’, gravado em São Paulo e que conta com um repertório mais romântico. O DVD traz uma ambientação baseada nos cinemas dos anos 1960, com uma proposta visual bastante interessante.
Sobre o novo CD/DVD ‘Luan Santana Acústico’, o cantor sul-matogrossense falou com exclusividade ao D24AM:
O novo álbum é o primeiro acústico da carreira?
É o primeiro álbum acústico. Tinha que ser acústico. Amadureci, hoje sou um homem na imagem e no som. E é óbvio, natural, mesmo, que o trabalho siga a minha realidade, minha identidade. Mas, com a essência de sempre, que é a mesma, a do romantismo. O meu público cresceu comigo, também amadureceu. Percebo em meus shows que há pessoas de todas as idades. Canto para todos, quero que a minha música toque o coração das pessoas. Não gosto de rótulos, porque não sou um produto criado, sou um cantor, que tenho a música na alma.
Como foi a idealização desse projeto?
Todo o conceito do CD/DVD começou em uma sonoridade e identidade visual voltada aos anos 60, Elvis e Beatles, principalmente. A ideia do conceito surgiu em uma viagem que fiz com o produtor Dudu Borges e o Fábio Fakri, para Las Vegas, justamente para buscar inspiração e falar mais do projeto. Em uma dessas conversas, o produtor colocou a ideia dos anos 1960 e, logo, todos compraram a ideia.
A música ‘Escreve aí’ é a mais tocada nas rádios do País e emplacou o primeiro lugar na Billboard. A canção foi escrita para este novo projeto?
Era uma vez, na Bahia, um compositor inteligente e criativo, em um carro, levando os filhos para a escola e, de repente, um simples estalar de dedos desperta não só o gesto que iria marcar a sua criação, mas o tom e alguns versos, que, depois de entrar nas linhas em um rascunho, sairiam do papel e ganhariam vida em um estúdio. Em São Paulo, no estúdio, um produtor talentoso, outro exímio compositor e um grande cantor romântico completariam o refrão e algumas frases em cima da ideia original, ou, poeticamente, deram a alma para a música, cuja concepção, nesse processo todo, durou cinco meses para nascer. E, antes de virar estrela em um repertório de DVD, a canção apareceu em um show, transmitido pelo Multishow e caiu no gosto do público, de covers etc.
Os personagens desta história estão ocultos?
Não. É que a música em questão é o sujeito de toda a história: ‘Escreve aí’. Um título imponente com verbo no modo imperativo afirmativo, por si só, expressa uma ordem. E a ordem da vez é: sucesso garantido. Eis então os personagens que completam a sinopse: Bruno Calliman (o mesmo de ‘Te Esperando’), Dudu Borges (o produtor de grandes nomes da MPB), Douglas César e Luan Santana, bem, entre tantos adjetivos, o maior cantor pop romântico da atualidade.
O projeto traz uma levada retrô. É possível ver uma diferença no estilo de música e também no visual. O que é esse conceito?
Sempre fui apaixonado pelo som e magia dessa época. Tem um ‘q’ de romântico como em nenhuma outra. Foi um desafio lembrar dessa época no som, ainda mais em um segmento pop sertanejo. O que fortalece esse conceito, com certeza, é a orquestra de cordas, sopros e metais, que somou demais para o projeto. Hoje, estou mais maduro e tenho expandido muito mais meu público. Eu procuro crescer muito em cada projeto que eu lanço e acho que isso ficará mais evidente agora, não só no DVD, mas nos palcos pelo Brasil.
Você é um artista que possui uma popularidade muito grande na internet e, a cada dia que passa, essa ferramenta apresenta mais plataformas com diversas opções de divulgação. De que forma, você acredita que a internet influencia na sua carreira?
Eu acho que a internet tem um poder incrível. Essa chance que a internet permite, hoje, de democratizar uma obra artística feita com tamanho empenho e dedicação. Nesta era, a geração plugada faz toda a diferença. Conheci vários lugares do mundo apresentando os meus shows, tendo contato ao vivo com este público, que, graças a Deus, se multiplica cada vez mais do plano real ao virtual, e vice-versa.
Fonte: D24AM, 26/07
Nenhum comentário:
Postar um comentário